O Conselho de Administração da AULP decidiu galardoar a tese de Cármen Liliana Ferreira Maciel, intitulada “A Construção da Comunidade Lusófona a partir do Antigo Centro – Micro-Comunidades e Práticas da Lusofonia)”, da Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.
Na dissertação “A Construção da Comunidade Lusófona a partir do Antigo Centro. Micro-Comunidades e Práticas da Lusofonia”, Cármen Maciel procurou revelar quais as dinâmicas simbólicas – por exemplo, políticas, institucionais e culturais – que contribuem para a conceptualização da “comunidade lusófona”.
Tendo por base a história desde o século XV até à atualidade pós-colonial da sociedade portuguesa, a discente procurou espelhar as “práticas da lusofonia”, e verificou que estas se dão sobretudo na esfera cultural.
Em conclusão, apontou que a “comunidade lusófona” – que tem por rosto formal a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (1996) – encontra-se em permanente construção, expressando-se quer em iniciativas informais, quer em trasações comerciais, atividades socioculturais e ações político-institucionais.
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Publicação da tese vencedora
A tese de doutoramento “A construção da comunidade lusófona a partir do antigo centro. Micro-comunidades e práticas da lusofonia”, de Cármen Maciel, vencedora da 4ª edição do Prémio Fernão Mendes Pinto, foi editada pelo Camões, IP.
O presente trabalho tem por objectivo discutir a construção da comunidade lusófona a partir do antigo centro português. Escrutinando os rumos da história desde o século XV até à actualidade pós-colonial da sociedade portuguesa, pretende-se traçar o enquadramento histórico que terá estado na base de concepção e idealização de tal comunidade.
Pretende-se ainda acompanhar as dinâmicas simbólicas, mas também políticas, institucionais e culturais do projecto de comunidade que, a 17 de Julho de 1996, adquire um rosto formal através da constituição da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Em simultâneo com a análise das iniciativas realizadas ‘de cima para baixo’, presta-se particular atenção à actuação dos agentes ao nível micro, focalizando a atenção na exploração das práticas da lusofonia que se dão sobretudo na esfera cultural.
Defende-se, neste trabalho, que comunidade lusófona é um colectivo em formação e que, apesar da forte conotação ideológica, que a situa ao nível do resgate de um passado agora reinventado à luz do ‘encontro de culturas’, esta é uma realidade prática que vemos funcionar em expressões diversas, quer em iniciativas informais, quer em transacções comerciais ou em actividades socioculturais – para além das acções político-institucionais.
O Prémio Fernão Mendes Pinto compreende um valor pecuniário atribuído numa parceria conjunta entre a AULP e a Comunidade de Países Língua Portuguesa (CPLP), bem como a edição da tese, a realizar pelo Camões, IP.
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