Os Tauaras do Vale do Zambeze

Os Tauaras do Vale do Zambeze

Os Tauaras do Vale do Zambeze

Esta obra fac-similada, publicada pela Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), é fruto do marcante contributo de Carlos Ramos de Oliveira para o conhecimento aprofundado sobre os povos que habitavam a zona que iria ser inundada pela albufeira Barragem de Cahora Bassa, como os Tauaras, povo pertencendo ao grupo Chona. A AULP agradece ao autor e à Universidade de Lisboa pela autorização e cooperação na realização desta edição. A concretização deste projeto editorial ocorre por ocasião do XXXIV Encontro Anual da AULP na cidade da Beira (Moçambique), entre os dias 16 e 18 de junho de 2025, dedicado ao tema “O papel das Universidades na gestão das alterações climáticas”. A AULP é uma organização não governamental internacional que promove a cooperação e troca de informações entre mais de 150 instituições de ensino superior dos oito países de língua oficial portuguesa – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor e Macau (RAEM).

O XXXIV Encontro da AULP teve como anfitriã a Universidade Zambeze (UniZambeze) e como Instituições Coorganizadoras a Universidade Aberta ISCED (UnISCED), a Universidade Alberto Chipande (UniAC), a Universidade Católica de Moçambique (UCM) e a Universidade Licungo (UniLicungo).

 

Carlos Ramos de Oliveira

Natural de Algés, onde nasceu em 1943, Carlos Ramos de Oliveira concluiu o diploma em Administração Ultramarina em 1963 e a licenciatura em Ciências Antropológicas e Etnológicas, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina em 1971, tendo mais tarde realizado estudos de pós-graduação na London School of Economics and Political Science. Entre 1970 e 1974, integrou o Centro de Estudos de Antropologia Cultural, da Junta de Investigações Científicas do Ultramar, como investigador, tendo realizado trabalho de campo no Algarve – para a elaboração de uma monografia sobre a Fuzeta, a apresentar como dissertação de licenciatura – e no Vale do Zambeze, em Moçambique, resultando este na publicação da presente obra, em 1976. A partir de 1974, desenvolveu atividade profissional no sector bancário, tendo ainda exercido funções de docência no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.

Os Tauaras do Vale do Zambeze (1976)

Esta obra consiste num relatório da investigação etnológica realizada em 1972 sobre as comunidades que habitavam a área que seria inundada pela albufeira da Barragem de Cahora Bassa. O autor escolheu, entre os diversos grupos étnicos, aquele que representava mais de metade da população da região – os Tauaras, povo pertencente ao grupo Chona. Constitui um contributo importante para o estudo das características dos grupos étnicos de Moçambique.

Ano original de publicação: 1976

Editora: Junta de Investigações Científicas do Ultramar

ISBN: 978-989-8271-21-1

 

Os Tauaras do Vale do Zambeze

Brasil e África: Outro Horizonte (Relações e Política Afro-Brasileira)

Brasil e África: Outro Horizonte (Relações e Política Afro-Brasileira)

Obra de 1961, fac-similada e publicada pela Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), fruto do marcante contributo de José Honório Rodrigues para o conhecimento aprofundado sobre as relações Brasil – África. A AULP agradece aos herdeiros pela autorização e cooperação na realização desta edição. A concretização deste projeto editorial ocorre por ocasião do XXXIII Encontro Anual da AULP no Rio de Janeiro, entre os dias 24 e 26 de junho de 2024, com o tema “Migrações, Desigualdades e Desenvolvimento Sustentável”. A AULP é uma organização não governamental internacional que promove a cooperação e troca de informações entre mais de 140 instituições de ensino superior dos oito países de língua oficial portuguesa – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor e Macau (RAEM).

José Honório Rodrigues (1913-1987)

Considerado um dos maiores académicos da história do Brasil do século XX, José Honório Rodrigues reúne extensa obra dedicada aos estudos históricos e à formulação de teoria, metodologia e história da historiografia do Brasil. Graduado em Direito pela Universidade do Brasil, atual UFRJ, notabilizou-se como historiador, desenvolvendo longa carreira, dividindo-se entre as atividades académicas e em instituições de memória, contando ainda com frequente contribuição nos principais jornais em circulação no Brasil.

 

Brasil e África: Outro Horizonte (Relações e Política Afro-Brasileira)

José Honório Rodrigues revela nesta obra, ao lado de suas reconhecidas qualidades de historiador, que não deixam escapar os detalhes económicos e sociológicos, um pensamento político muito alerta e uma sensibilidade muito viva na interpretação dos acontecimentos. Dividindo este livro em duas partes distintas, mas intimamente ligadas, o autor examina na primeira, com objetividade e competência, a história das relações entre Brasil e África, realçando o papel da Grã-Bretanha e de figuras como a do brigadeiro Raimundo José da Cunha Matos. Por sua vez, o autor dedica a segunda parte da obra a um estudo sereno, pioneiro e corajoso da política brasileiro-africana, advocando para o Brasil uma posição de equilíbrio, com recurso às suas habilidades acomodatícias.

 

 

ISBN: 978-989-8271-23-5 

 

Os Tauaras do Vale do Zambeze

A Ilha de São Tomé

A Ilha de São Tomé

“Na obra ‘A Ilha de São Tomé’, publicada no ano de 1961, somos conduzidos numa jornada académica de descobertas sobre geografia, geologia, história e cultura desta ilha singular. Através da análise geográfica, Tenreiro expõe a riqueza natural e as características únicas de São Tomé. Desde as suas formações geológicas até à sua diversidade ecológica, o leitor é guiado pela paisagem, destacando a importância da ilha como um tesouro da biodiversidade. Por um lado, ao descrever detalhadamente a topografia, hidrografia e climatologia da ilha, Tenreiro fornece um panorama que servirá como referência indispensável para futuros estudos geográficos. Por outro lado, lança luz sobre a história de São Tomé e Príncipe, revelando as influências coloniais e os eventos cruciais que moldaram a trajetória do arquipélago. Na sua cronologia, explora as diferentes fases do processo de colonização, desde os primeiros contactos com os portugueses até à abolição da escravatura e à independência. A exploração etnográfica contribui para uma compreensão da diversidade cultural e da herança afro-lusitana que também define o autor.”

 do Prefácio

Francisco José de Vasques Tenreiro (1921 – ­1963)

“Nasceu na ilha de São Tomé, fruto de uma relação do português Emílio Vasques Tenreiro com Carlota Maria Amélia, angolana. Muito cedo, aos dois anos, foi enviado para Lisboa para ser educado e, em 1940, prosseguiu estudos superiores, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Foi como estudante universitário que descobriu o seu interesse pela poesia e por África, tendo desenvolvido uma grande afinidade com as culturas negras. […] Publicara A Ilha de Nome Santo, hoje incluída na coleção Novo Cancioneiro, editada por um grupo de intelectuais associados ao movimento neorrealista português. […] Destaca-se ainda como poeta quando, em 1952, publica com Mário Pinto de Andrade A Poesia Negra de Expressão Portuguesa, uma antologia de textos de intelectuais africanos que constitui a primeira manifestação de negritude nas literaturas africanas de expressão portuguesa. […] Em 1944, abandonou a Faculdade de Ciências e, nos quatro anos seguintes, frequentou o Curso Superior Colonial. Depois de concluído o curso da Administração do Ultramar em 1948, entra para o quadro administrativo do Ministério do Ultramar, como terceiro oficial, para pouco depois iniciar o Curso de Geografia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Entre 1956 e 1958 foi a São Tomé, anualmente, durante três meses, efetuar o trabalho de campo para esta sua tese de Doutoramento em Geografia. […] Em 1955 tinha já sido nomeado docente assistente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e em 1961 o Doutoramento em Geografia foi reputado de excelente. Fará doravante parte da Escola Geográfica Portuguesa que se deve a Orlando Ribeiro, nomeadamente de Geografia Tropical Portuguesa, fortemente influenciada pela tradição monográfica francesa. […] Em 1958 assume a posição de deputado pelo círculo de São Tomé na Assembleia Nacional Portuguesa, onde permaneceu durante a legislatura de 1958-1961 e na seguinte.”

 do Prefácio

ISBN: 978-989-8271-21-1

 

Os Tauaras do Vale do Zambeze

Viagens e Apontamentos de um Portuense em África

Viagens e Apontamentos de um Portuense em África

António Francisco Ferreira da Silva Porto (Porto24 de agosto de 1817 — Belmonte2 de abril de 1890) foi um comerciante e explorador português que se notabilizou no interior de África. Durante décadas foi o único europeu que as populações do planalto do Bié conheciam, porque muito antes dos exploradores europeus atravessarem a África já este africanista se tinha estabelecido como comerciante em pleno sertão angolano. A sua experiência foi preciosa para os comerciantes e aventureiros que depois demandaram o interior de Angola. Encarnando o mito colonial português, reforçado com a sua morte trágica, suicidando-se aos 73 anos por altura do ultimato britânico, foi figura icónica do colonialismo português em Angola, dando o nome à cidade de Silva Porto (Angola), a actual cidade de Cuíto.

ISBN: 978-989-26-2305-4

ISBN Digital: 978-989-26-2306-1

DOI: https://doi.org/10.14195/978-989-26-2306-1

Os Tauaras do Vale do Zambeze

Fontes Históricas sobre Macau no Arquivo Histórico de Goa

Fontes Históricas sobre Macau no Arquivo Histórico de Goa

Com o patrocínio e com a chancela da Universidade de Macau, e no âmbito da celebração do seu 40º aniversário, é dada agora à estampa esta obra. Esta publicação representa dois valores que tem todo o sentido vincar, agora: em primeiro lugar, o empenho original e continuado de, ao longo de quatro décadas, contribuir para o avanço e divulgação do Conhecimento, seja qual for a área a que pertence e que a Universidade cultiva. Em segundo lugar, fazê-lo numa estreita ligação a Macau, às suas gentes, à sua cultura, à sua história multissecular. Os textos introdutórios de dois académicos ligados à Universidade de Macau, os Professores António Vasconcelos de Saldanha e Artur Teodoro de Matos – respectivamente, o editor e organizador desta obra e o responsável do projecto de investigação cujos resultados a consubstanciam – explicam abundantemente como a presente publicação representa simbolicamente tudo isso. Acentua-o ainda mais o facto de esta publicação ser feita em língua Portuguesa – uma das duas línguas oficiais da Região Administrativa Especial de Macau – e de se referir a um fundo arquivístico existente em Goa, Índia, isto é, fora de Portugal e da China mas ainda pertencente à vastíssima área multicontinental onde os Portugueses deixaram a marca da sua forte influência e presença cultural. Corresponde, enfim, a um propósito ainda longe de estar alcançado mas que continua a manter em Macau e particularmente nesta Universidade toda a actualidade que tinha há quarenta anos: o contribuir para as bases de uma História de Macau que represente com verdade, com equilíbrio e com abrangência o fenómeno cultural, social e político que é Macau.

 

Disponibilidade: Indisponível

ISBN: 978-99965-1-146-2

 

Os Tauaras do Vale do Zambeze

Recuperar Macau

Recuperar Macau

A breve passagem pelos últimos vinte anos da literatura de Macau em língua portuguesa deixa um rasto de sabor que, semelhante à meia-vida das substâncias radioactivas (aqui usadas como metáfora) as mantém activas mesmo depois de entrarem em desintegração. É difícil no momento presente encarar o estado de vida e manutenção da língua portuguesa como ameaçado ou simplesmente confinado (o interesse pelo ensino do português na China não parou de crescer na última década); porém, o crescimento das populações no ocidente e no oriente, previsto até meados do século XXI, bem como as suas deslocações (a protecção do português como língua oficial chega a 2049), dificilmente consente uma visão optimista para a representatividade do português no território de Macau.

Disponibilidade: Indisponível

ISBN: 978-989-755-413-1

MOBILIDADES AULP