Conselho de Administração, fevereiro de 2015

Conselho de Administração, fevereiro de 2015

Conselho de Administração, fevereiro de 2015

Fonte: Gabinete de Comunicação da AULP, Portugal, 2015-03-02

A reunião do conselho de administração da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) decorreu na passada sexta feira, 27, na sede da associação, em Lisboa. Estiveram presentes doze instituições de ensino superior de países de língua portuguesa que ocupam os diversos órgãos sociais: presidente, conselho de administração, conselho fiscal e secretariado geral.

Esta reunião foi pela primeira vez dirigida pela Universidade de Macau que ocupa a presidência da AULP, representada pelo Professor Doutor Rui Martins, vice-reitor da Universidade de Macau que desde os anos 90 acompanha a vida associativa.

Foram discutidas as atividades realizadas pela sede neste último semestre, mas também foram propostos novos projetos ao nível do ensino superior. Em destaque esteve o lançamento do Prémio Fernão Mendes Pinto, edição 2015, o lançamento do livro de atas referente ao XXIV Encontro da AULP, que decorreu em Macau, “A importância da difusão das línguas portuguesa e chinesa para a colaboração académica no ensino superior e promoção no turismo” e o lançamento da Revista Internacional em Língua Portuguesa (RILP) – III Série n.º 27, 2014. A preparação do XXV Encontro da AULP, de 15 a 17 de julho, em Cabo Verde, foi outro dos assuntos em debate.

Estiveram presentes a Universidade Lúrio (Moçambique), Professor Doutor Tito Fernandes, a Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil), Vice-reitora Sandra Almeida, a Universidade de Coimbra (Portugal), Reitor João Gabriel Silva, a Universidade Mandume Ya Ndemufayo (Angola), Professor Doutor José Mateus Alexandre, a Universidade de Cabo Verde, Reitora Judite Nascimento, a Universidade Politécnica de Moçambique, Reitor Lourenço do Rosário, a Universidade Katyavala Bwila (Angola), Professora Doutora Ermelinda Cardoso, o Instituto Politécnico de Bragança, Presidente João Sobrinho Teixeira, a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Vice-Reitor Aristeu Rosendo Pontes Lima, o Instituto Politécnico de Lisboa, Presidente Luis Vicente Ferreira e a Universidade Eduardo Mondlane, Reitor Orlando Quilambo.

Reitor do Instituto Superior de Relações Internacionais (ISRI) nomeado Vice-Ministro da Defesa Nacional de Moçambique

Reitor do Instituto Superior de Relações Internacionais (ISRI) nomeado Vice-Ministro da Defesa Nacional de Moçambique

Reitor do Instituto Superior de Relações Internacionais (ISRI) nomeado Vice-Ministro da Defesa Nacional de Moçambique

Fonte: Gabinete de Comunicação da AULP, Portugal, 2015-02-06

O Professor Doutor Patrício José, Reitor do Instituto Superior de Relações Internacionais (ISRI), foi convidado recentemente pelo Presidente da República para ocupar o cargo de Vice-Ministro da Defesa Nacional de Moçambique.

O ISRI é membro da AULP desde 1998 e viu o seu mérito reconhecido por Oxford no final de 2013, sendo considerado um instituto de excelência. Entre os vários fatores que contribuíram para esta distinção destaca-se a qualidade de ensino, o equilí­brio de género, a capacidade orga­nizacional e a gestão.

“Este reconhecimento reve­la que há uma atenção sobre o nosso trabalho acompanhado de uma avaliação. Os nossos gradu­ados ombreiam com os gradua­dos das melhores universidades do mundo. Eles são interventivos e nós verificamos isso pois, quan­do mandamos os nossos licencia­dos para o exterior, eles voltam com diplomas de distinção”, re­velou o antigo Reitor Patrício José. O Reitor atribuiu mérito à co­munidade académica com que trabalhou e disse que a distinção serviu de impulso para fortalecer a qualidade de ensino naquela instituição.

O Instituto Superior de Rela­ções Internacionais é vocaciona­do à formação de diplomatas e especialistas em Relações Inter­nacionais e, desde 2003, lecciona o curso de Administração Públi­ca, estando atualmente sob gestão do Vice-Reitor, o Professor Doutor José Magode.

Antigo secretário executivo da AULP vence o “Prémio 2’Ds” 2015

Antigo secretário executivo da AULP vence o “Prémio 2’Ds” 2015

Antigo secretário executivo da AULP vence o “Prémio 2’Ds” 2015

Fonte: Gabinete de Comunicação da AULP, Portugal, 2015-02-02

O Dr. Suzano Costa, secretário executivo da AULP entre 2007-2011, foi premiado no âmbito do concurso “Prémio 2’Ds” instituído pelo Instituto Democracia e Desenvolvimento, com o intuito de impulsionar a qualidade da democracia e do desenvolvimento em Cabo Verde.

O artigo de investigação premiado intitula-se “A Política Externa Cabo-verdiana num Mundo Multipolar: entre a Ambivalência Prática e a Retórica Discursiva” e foi desenvolvido pelo Dr. Suzano Costa e pelo Dr. Jorge Nobre Pinto. Este artigo foi recentemente publicado na obra “As Relações Externas de Cabo Verde: (Re) Leituras Contemporâneas”, Praia: Edições ISCJS.

O Dr. Suzano Costa é membro fundador e investigador do Observador Político e doutorando em Ciência Política, especialidade em Teoria e Análise Política, na Universidade Nova de Lisboa sob supervisão da Professora Cristina Montalvão Sarmento. Bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia, foi o melhor aluno do Mestrado em Ciência Politica e Relações Internacionais tendo recebido o “Prémio Mérito e Excelência” da FCSH-UNL.

O Relatório Final encontra-se disponível no site do IDD para consulta (www.iddemocracia.org), juntamente com a composição do júri independente presidido pelo Doutor André Corsino Tolentino, tendo ainda como membros o Doutor José Luis Livramento, Doutora Patrícia Dantas dos Reis, Mestre Djalita Fialho,  Mestre Leão de Pina e  Mestre Franklim Mendes.

O Instituto Democracia e Desenvolvimento (IDD) é um “think tank” privado, sem fins lucrativos e independente, criado na cidade da Praia a 10 de Janeiro de 2012, com o objetivo de desenvolver pesquisas, debates e formações em áreas relevantes para o aprofundamento da Democracia e do Desenvolvimento em Cabo Verde,  assim como a proposição de políticas públicas tendentes à sua consolidação no país. O concurso está aberto a estudantes, investigadores e docentes que sejam primeiro ou último autor do artigo.

AULP – Plataforma líder na educação e desenvolvimento humano nos países de língua portuguesa

AULP – Plataforma líder na educação e desenvolvimento humano nos países de língua portuguesa

AULP – Plataforma líder na educação e desenvolvimento humano nos países de língua portuguesa

Fonte: AULP, 2015-01-22

O Professor Doutor Jorge Ferrão, Presidente da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) no triénio 2011-2014 e atual Vice-Presidente da AULP, Reitor da Universidade Lúrio (UniLúrio) de Moçambique, está nomeado para ministro de Educação e Desenvolvimento Humano do seu país. Primeiro Reitor da UniLúrio, fundada em 2007, foi responsável pela abertura de faculdades nos polos localizados nas três províncias do norte de Moçambique: Nampula, Niassa e Cabo Delgado. No âmbito da AULP presidiu aos Encontros de Moçambique, Minas Gerais e Macau, RAEM, China tendo com êxito desenvolvido vários eixos de parcerias e redes colaborativas no universo da língua portuguesa.

No Brasil, a Professora Doutora Nilma Lino Gomes, designada para as funções de Reitora da Universidade Luso-Afro-Brasileira (UNILAB) foi recentemente nomeada ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. A Professora Doutora Nilma Gomes tinha sido eleita membro do conselho de administração da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) na última reunião do conselho de administração que teve lugar em setembro de 2014 no XXIV encontro da AULP.

O Presidente da AULP no triénio 2009-2011, Professor Doutor Clélio Campolina Dinis na qualidade de Reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), assumiu recentemente funções de direção governamental na área do ensino superior e de investigação. Clélio Campolina foi convidado pela Presidente do Brasil, Dilma Rousseff para dirigir o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, cargo que assumiu até ao presente ano. No âmbito da AULP destaca-se o impulso decisivo que deu aos programas de mobilidade com os projetos: PIAPPE e Pró-Africa.

Já nos anos 90, o Professor Rui Pauletti, Presidente da AULP no triénio 1996-1999, fora posteriormente eleito deputado estadual (2002-2005) e deputado federal (2006-2012) do Rio Grande do Sul, Brasil, funções no âmbito das quais promoveu e defendeu as redes de língua portuguesa.

Em Cabo Verde, o Professor Doutor António Correia e Silva, primeiro Reitor da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), atual ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação de Cabo Verde, fez parte do conselho de administração da AULP entre 2007 e 2008. Tendo dado incontornável contributo ao desenvolvimento do ensino superior no seu país, que a AULP acolheu realizando o seu encontro anual em 2007 na primeira fase do desenvolvimento da universidade.

O atual Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, de Angola, Professor Doutor João Sebastião Teta, presidente da AULP no triénio 2002-2005, foi Reitor da Universidade Agostinho Neto durante mais de uma década e está na génese da ampla reforma dos sistemas universitário e de ensino superior em curso naquele país.

Portugal, não é exceção e o Presidente da AULP, em 2005, o Professor Doutor Adriano Pimpão, fora já Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional e posteriormente Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP).

Atualmente presidida pela Universidade de Macau, RAEM, China, Universidade em expansão e forte desenvolvimento, a AULP continuará na senda da procura da excelência e do progresso da língua portuguesa no mundo.

Líder na aproximação e relacionamento dos países de língua portuguesa, a AULP é uma plataforma de passagem de reconhecimento e entendimento dos diversos sistemas de ensino superior, ao cumprir quase três décadas da sua atividade, vê reconhecida a sua importância, a nível governamental, nos vários países envolvidos.

Conselho de Administração da AULP, 17 de Setembro de 2014

Conselho de Administração da AULP, 17 de Setembro de 2014

Conselho de Administração da AULP, 17 de Setembro de 2014

Fonte: Gabinete de Comunicação da AULP, Macau, 2014-09-17

A Universidade de Macau acolheu o XXIV Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa, onde estiveram presentes mais de 200 académicos dos vários países de língua portuguesa. Em debate esteve a importância da língua chinesa e portuguesa à escala global.

O tufão Kalmaegi afetou a viagem de alguns participantes do Encontro e obrigou a Comissão Organizadora a cancelar a receção pelo Consulado de Portugal na RAEM. Apesar do contratempo, decorreu, com normalidade, a reunião do Conselho de Administração da AULP. Nesta reunião foi abordado o pedido de apoio financeiro que a AULP fez no início do ano à Fundação Macau, para impulsionar novos projetos que a Associação está a desenvolver. Foi igualmente proposto que Cabo Verde fosse o próximo anfitrião para o XXV Encontro da AULP.

Durante esta reunião foram analisados os novos pedidos de adesão, de forma a serem posteriormente analisados e votados em Assembleia Geral. A renovação dos órgãos sociais para o triénio 2014-2017 foi igualmente discutida.

Veja aqui as fotografias da reunião do Conselho de Administração.

“O país tem de iniciar a execução de investigação fundamental nos sectores de ponta e prioritários”

“O país tem de iniciar a execução de investigação fundamental nos sectores de ponta e prioritários”

“O país tem de iniciar a execução de investigação fundamental nos sectores de ponta e prioritários”

Fonte: Gabinete de Comunicação, 2014-05-16

Numa região em desenvolvimento como a África é importante perceber qual o papel das instituições de Ensino Superior em prol da investigação. De que forma é que as instituições contribuem para o desenvolvimento do país? Quais as parcerias estratégicas? Há recursos financeiros para apostar na investigação? O que reserva o futuro? Quatro questões ganharam resposta graças ao contributo do catedrático e director científico da Universidade Lúrio, de Nampula (Moçambique), Tito Fernandes.

De que forma os projetos de investigação na UniLúrio contribuem para o desenvolvimento de África?

Em Moçambique, e na UniLúrio, as atividades de Investigação são reduzidas por diversos motivos. Não existe pessoal com pós-graduação em número suficiente para supervisão da investigação e os apoios financeiros são limitados, embora estes não sejam o factor limitativo, pois ONGs e empresas têm proposto e até financiado alguma pesquisa. Dizemos pesquisa pois envolvem mais “surveys” que investigação original (“research”), replicando delineamentos experimentais elaborados noutras partes do mundo, procurando respostas para as realidades locais, o que também tem o seu valor de ciência aplicada. Só
consideramos verdadeira Investigação quando há publicação dos resultados em revista com “referee”.

Ciência está de facto ligada ao desenvolvimento, porém, apesar do elevado crescimento económico em Moçambique, o desenvolvimento, determinado por parâmetros universais e não pelo rendimento per capita em US$, demonstra que a velocidade de crescimento económico não é acompanhado por índices aceitáveis de melhoria na qualidade de vida da maioria da população. Na verdade, os problemas básicos de habitação, de acesso a água potável, de energia elétrica continuam e com impacto negativo no uso desregrado de fontes de energia baseados nos recursos agrários (lenha e carvão vegetal), com repercussão no estado sanitário das populações que continuam sem os mínimos razoáveis de cuidados de saneamento e de saúde.

Não se dinamizam aspetos simples como tecnologias de aproveitamento da energia solar, das águas resultantes da pluviosidade regular, e em excesso em certas épocas, bem como do estudo de medicamentos tradicionais. Neste último aspeto, a UniLúrio tem iniciado alguns pequenos projectos que poderão dinamizar a utilização de plantas tradicionais como a moringa.

Investimentos feitos por ONGs não aceitam o financiamento de aquisição de equipamentos laboratoriais de forma significativa, nem o pagamento aos recursos humanos nacionais, o que ocasiona desequilíbrios e injustiças internas, privilegiando a mão de obra estrangeira.

Para o sucesso desses projectos, que tipo de parcerias estabeleceu com instituições de Ensino Superior de outros países?

A UniLúrio tem sabido suprir as carências acima descritas através de uma forte internacionalização das suas ações e objetivos, em todas as áreas do saber desenvolvidas nos diversos cursos, isto é, saúde, engenharias agrárias, arquitetura.

Inúmeros protocolos, não só escritos, mas com direto impacto na vida da UniLúrio têm sido elaborados e desenvolvidos com relativo sucesso, sobretudo com o Brasil, Estados Unidos da América, Irlanda e Portugal. Infelizmente, as parcerias nacionais não são tão evidentes, embora existentes sobretudo na
realização de Mestrados.

Os enormes custos de deslocação relacionados com a interioridade da UniLúrio nas 3 Províncias do norte de Moçambique, com companhia aérea de bandeira nacional com monopólio, dificultam imenso o processo de parcerias pois as despesas acrescidas, comparando com as deslocações internacionais, enfraquecem e reduzem a mobilidade académica.

Existem recursos financeiros disponíveis para apostar em projetos de investigação?

Existem recursos disponíveis, porém devem obedecer às prioridades nacionais definidas pelo Ministério da C&T e Ministérios sectoriais (e.g. Agricultura, Recursos Minerais, Pescas). Investigação fundamental não existe e consideramos, nesta fase, mais fácil, viável e económico a transferência de conhecimento e tecnologias dos países desenvolvidos. Os financiamentos por agências de cooperação dos países mais desenvolvidos é realizada com interesses mais dos países de origem que dos interesses locais nacionais.

Os recursos do Banco Mundial, supostamente a entidade que lidera a luta contra a pobreza mundial, não estão acessíveis às academias e concentram-se nos ministérios centrais na capital. Conhecem-se muitos milhões de US$ que entram no país, mas a universidade tem hipóteses muito reduzidas de ter acesso a esses incentivos financeiros. Em nosso entender, equipar laboratórios com ajudas dessa natureza, seria fundamental para que o ensino não seja simplesmente o debitar matéria teórica, que na sua maioria exige a memorização de conteúdos, o que origina frequentemente a formação de graduados pouco competentes.

Na sua opinião, qual o futuro da investigação em África? O que precisa de ser feito para aumentar a investigação nas instituições de Ensino Superior?

Em nossa opinião, os ministérios da C&T deveriam funcionar com modalidades que pudessem incorporar os imensos apoios financeiros que entram nos
ministérios sectoriais, executando uma cadeia de comandos baseada em prioridades nacionais e não por interesses internacionais. Para tal, seria necessário no MCT haver Comissões Científicas independentes, com a participação de investigadores e fazedores de decisão, nas diversas áreas do saber. Saber realizar a distribuição dos financiamentos pelos Centros de I&D e chamar a responsabilidade os investigadores principais. Incentivar a incorporação de equipas nacionais nas candidaturas de megaprojectos europeus e outros, onde a componente nacional será formar quadros e equipar minimamente as  universidades e seus laboratórios. Saber esclarecer aos governantes de que gradualmente o país tem de iniciar a execução de investigação fundamental nos sectores de ponta e prioritários.

Alguns temas de I&D que estão a ser desenvolvidos na UniLúrio:

– Estudo de avaliação da desnutrição crónica infantil.
– Pesquisas nos domínios de diversos distúrbios oculares.
– Pesquisas em Conservação da natureza e estudos
de biodiversidade marinha e terrestre.
– Pesquisas na área de Saúde: Epidemiologia, Optometria,
Otorrinolaringologia, Pediatria, Nutrição,
Saúde da Família e Comunidade.
– Estudo de micotoxinas em diversos produtos agrários.
– Pesquisa agrária no domínio de novas culturas
agrícolas (soja) e florestas no Niassa.

Artigo de Pandora Guimarães

Gabinete de Comunicação da AULP

MOBILIDADES AULP