Discurso de abertura do Presidente da Comissão Organizadora da AULP
Prof. Doutor Vicente Paulino
Caros Professores e demais investigadores,
Vamos realizar na Universidade Nacional Timor Lorosa’e, de 29 de Junho a 1 de Julho, o Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), sob o tema “ROTAS DE SIGNOS: MOBILIDADE ACADÉMICA E GLOBALIZAÇÃO NO ESPAÇO DA CPLP E MACAU”.
É uma grande honra de que nos orgulho muito, coordenamos a organização de um encontro desta natureza para manter vivas o espírito académico na UNTL (Timor-Leste) e no espaço da CPLP, fundamentalmente, estabelecer uma relação construtiva e criativa na construção do conhecimento e da ciência em língua portuguesa entre académicos de diversas instituições universitária que estão agrupados num tecto chamado AULP.
A difusão do uso do conceito de “Rotas de signos no espaço da mobilização académica e globalização” coincide com o avanço do domínio das tecnologias e de disseminação das ciências. Certo que o conceito “rotas de signos” tem na sua base do “senso comum”, que significa todo o processo de socialização e consciencialização da própria existência de interculturalidade na era globalização tecnológica, o que mostra bem a fecundidade do campo que assim se abre à discussão.
O pensamento estratégico na identificação de acções estratégicas para a mobilidade académica deve e pode ser fortificado pela própria ordem de programação das conjuntas tarefas assumidas entre as instituições do ensino superior da CPLP, de modo a poder ultrapassar as lacunas encontradas na construção de “sentidos hermenêuticos da ciência”, em função de estar preparada para responder a incerteza do amanhã.
Num tempo em que a transposição das fronteiras entre as várias áreas disciplinares é condição do respectivo desenvolvimento, a AULP desempenha um papel essencial, enquanto charneira de organização colectiva das universidades dos países que falam português. Sabe-se que neste encontro podemos articular a “a mobilidade académica e a globalização” com a relação entre o local e o global, reconhecendo desta forma, as especificidades geográficas, geopolíticas, antropológicas e linguísticas. Podemos articular a relação entre os sentidos intelectuais e os sentidos tecnológicos, sentidos de afirmação e as dimensões culturais que lhes são inerentes. Neste sentido, a utilização do conceito “rotas de signos” no espaço lusófono parece instaurar-se como uma possibilidade ou modalidade que tem contribuição fundamental para internacionalização da mobilidade académica no enquadramento “rotativo” vários signos de representação – mais em seu sentido usual, consolidar, conscientizar e afirmar, como muitas vezes pode ser incorporado em produções científicas e disseminação da mesma.
Ao falar de uma mobilidade académica e globalização através do conceito “rotas de signos” é um processo que permanece na vida do homem e na história da humanidade. Da mesma forma que o modo de “rotas de signos” estrutura-se sob a tríade conceptual de sentidos: com novas ideais de construção ontológica de “metafísica da unidade” baseadas no conceito de “aproximação teórica”, “curiosidade epistemológica”, “valorização icónica”; com instituições que têm a tarefa de manter a prática de produção científica e disseminação da mesma em todas as circunstâncias temporais baseada na lógica de “trocas das experiências e da partilha do conhecimento”; e reproduzir a nova ordem social com aquilo que obtemos na própria produção de sentidos.
A mobilidade académica pode ser remetida para uma magnitude ou intensidade cada vez mais suportada pela inovação tecnologia de informação e comunicação em sistemas mundiais e redes de interacção. Pode assim dizer-se também que o paradigma da sociedade actual se encontra baseado em traços comuns como: a amplitude das informações, velocidade das mudanças, domínio do conhecimento e acelerar da evolução tecnológica. É portanto, ao articular as “rotas de signos” no conhecimento e na ciência com destaque específico sobre o projecto de “mobilidade académica” estabelecido entre universidades de língua portuguesa é para “reafirmar e “reapropriar” a alma lusófona no espaço da CPLP e do mundo.
Esperamos, sem dúvida, uma grande presença de todos vós a largueza de representação pessoal e institucional que nos caracteriza como símbolo de afirmação da nossa identidade académica lusófona que fazemos parte. Vamos pescar juntos os signos nas rotas que percorremos para construir uma mobilidade académica sólida no espaço da CPLP e no mundo, a partir deste país Timor-Leste onde vê primeiro o sol a nascer.
Aos professores e investigadores que sentem poder contribuir pessoalmente para o aprofundamento do tema que propomos, a equipa da Comissão Organizadora, apresenta desde já, uma palavra de saudação, dizendo que são bem-vindos ao nosso Encontro da AULP que se realiza aqui em Díli.
As melhores saudações a todos.
ISBN 978-989-8271-14-3
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