Encontro Anual de Associação das Universidades de Língua Portuguesa -2022
Encontro Anual de Associação das Universidades de Língua Portuguesa -2022
Após a paragem forçada devida à pandemia COVID-19 a AULP reuniu-se o XXXI Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), realizado nos dias 12, 13 e 14 de julho, na Universidade de Coimbra (UC).
Com o tema Globalização e Saúde foram apresentados neste evento mais de 40 trabalhos científicos realizados por investigadores e professores dos países integrantes do espaço lusófono. Cerca de 250 pessoas estiveram reunidas durante três dias na Universidade de Coimbra, onde discutiram temas associados aos desafios globais enfrentados pelos países de língua portuguesa no âmbito social, cultural, da formação académica, das ações de desenvolvimento necessárias ao ensino superior, da saúde, e em geral das universidades e das políticas públicas. O Encontro proporcionou um debate interdisciplinar transversal a várias áreas científicas dos diversos países da CPLP presentes.
Distribuído em três subtemas – Desafios Globais Contemporâneos, Globalização, Tecnologia e Saúde e Conhecimento, Língua e Práticas Culturais, o Encontro Anual da AULP gerou diversos debates entre os seus membros, acerca dos estudos e investigações sobre a cultura, a educação e a saúde em Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Brasil e Portugal.
Dia 12 de julho, cerimónia de abertura dos trabalhos
Na cerimónia de abertura do Encontro, no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, o Presidente da AULP em representação do Reitor da Universidade de Coimbra, João Nuno Calvão da Silva, acolheu reitores, professores e investigadores provenientes das instituições de ensino superior membros da AULP. O Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, sinalizou no seu discurso o importante papel da Associação para a promoção da cooperação internacional para o ensino superior.
No evento, o Conselho de Administração da AULP reuniu na sala de Congregações da Reitoria da Universidade de Coimbra. E no contexto do programa, foi realizada uma sessão sobre Avaliação Institucional e Implantação dos Sistemas Internos de Garantia de Qualidade no Ensino Superior dos Estados Membros da CPLP/Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, bem como a Reunião de Cooperação com os parceiros da AULP. No mesmo dia, foram lançadas as edições de 2022 da Revista Internacional em Língua Portuguesa – RILP e a obra comemorativa do evento.
O Tema I – Conhecimento, Língua e Práticas Culturais teve a moderação da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Foi apresentado o português em contexto multilingue: desafios globais para necessidades locais, trabalho que abriu a sessão das comunicações, apresentado pelo professor Manuel Célio Conceição, da Universidade do Algarve. Entre outras apresentações, foram discutidos temas como o desafio do ensino superior de artes em Angola, as suas experiências e dificuldades da Universidade de Luanda; Previsão de rendimento académico nas universidades públicas de Angola e a valorização das competências transversais e de empregabilidade no Politécnico de Lisboa; e Programa de TwinLabs do CIBIO em África e a Cátedra UNESCO Life on Land.
Dia 13 de julho, Globalização, Tecnologia e Saúde
Universidades do Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Portugal estiveram reunidas para expor e debater trabalhos sobre a temática Globalização, Tecnologia e Saúde. Foram apresentados estudos sobre Políticas Públicas em Saúde “Pós-Pandemia”: Projeto Respirar, pela Universidade do Amazonas; A Formação e a Investigação no Desenvolvimento da Saúde em Cabo Verde, pela Universidade de Cabo Verde; Tecnologias digitais e trabalho docente da UNIFIMES, pelo Centro Universitário Mineiros, do Brasil; e Globalização e Tecnologia pela Escola Superior Saúde Santa Maria.
O papel das universidades na promoção da saúde foi o tema do trabalho do ISCTE Portugal e o Ensino médico na universidade pela Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique, e ainda, o Programa de Internacionalização da Universidade Federal de Uberlândia, do Brasil; e a Sociedade do consumo e o desafio de formar cidadãos críticos pela Universidade Federal do Pampa, entre outros.
Dia 13 de julho, Conhecimento, Línguas e Práticas Culturais
Sob a moderação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, foram apresentados trabalhos ligados à artes, cultura e disseminação da língua portuguesa. O Instituto Politécnico de Lisboa apresentou o trabalho Espaçoartes – Politécnico de Lisboa como um exemplo de boa prática cultural. O Ensino do Português em São Tomé e Príncipe foi o tema da comunicação da Universidade de S. Tomé e trouxe ao debate os desafios atuais de ensinar o idioma no país.
Outras comunicações evidenciaram questões cruciais como a distância física ou cultural para o desenvolvimento do comércio latino-americano em língua portuguesa pela Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil e o panorama global de disseminação da língua portuguesa, apresentado pelo Observatório Político de Portugal e as ideologias socioculturais do Lobolo no sul de Moçambique pela Universidade Save.
Outros temas foram destaque como a abordagem interdisciplinar da variação e mudança linguística do português na comunidade Tshwa-Moçambique e a Não Patologização do processo de aquisição da escrita em português.
Dia 14 de julho, Conhecimento, Línguas e Práticas Culturais
Os membros da AULP estiveram reunidos durante a manhã para definir os novos rumos da cooperação internacional, após o que se realizou a Assembleia Geral da Associação das Universidades de Língua Portuguesa.
Na sessão solene de encerramento do evento, foi entregue o Prémio Fernão Mendes Pinto aos vencedores com as melhores teses dos anos de 2020 e 2021 aos pesquisadores Sara Santos (2021) e Mateus Segunda Chicuna (2020), entregues respetivamente pela Universidade de Brasília e pelo Presidente do Instituto Camões, Portugal.
Encontro da AULP 2023
A próxima edição do evento, o XXXII Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) acontecerá em São Tomé e Príncipe, em 2023, se as condições sociais e sanitárias o permitirem.
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