Prémio Fernão Mendes Pinto (Edição 2012)

Prémio Fernão Mendes Pinto (Edição 2012)

Prémio Fernão Mendes Pinto (Edição 2012)

O vencedor do Prémio Fernão Mendes Pinto 2012 foi Pedro Manuel Rodrigues da Silva Madeira Góis, com a tese “A Construção secular de uma identidade étnica transnacional: a cabo-verdianidade”, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Procuramos demonstrar que a “identidade étnica transnacional cabo-verdiana” vem sendo construída continuamente ao longo dos últimos séculos enquanto fenómeno social e sociológico. Existe não porque exista (apenas) uma crença que supõe a sua existência mas por que há acções, interacções e relações sociais que, analisadas longitudinalmente, comprovam a sua existência. Referimos exemplos diversos desta actividade nos EUA, em Portugal, em Cabo Verde ou na Argentina. Defendemos que não existe [não poderia nunca existir] uma (única) identidade étnica cabo-verdiana geral, mas que, ao contrário, estamos em presença de uma (re)construção étnica múltipla e, portanto diferente em cada um dos países onde existem comunidades imigradas (e no arquipélago de Cabo Verde), resultante, por um lado, do confronto com os “outros” diferenciadores e, numa outra vertente, dos contextos e conjunturas em que ocorre essa interacção. Concluímos defendendo que a “etnicidade” é contextual e que através do exemplo cabo-verdiano ela é um dos alicerces das modernas formas de “identidade étnica transnacional”.

A tese “A Construção secular de uma identidade étnica transnacional: a cabo-verdianidade”, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, foi publicada pelo Camões I.P., conforme regulamento. 

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Prémio Fernão Mendes Pinto (Edição 2012)

Prémio Fernão Mendes Pinto (Edição 2011)

Prémio Fernão Mendes Pinto (Edição 2011)

A tese de doutoramento “A construção da comunidade lusófona  a partir do antigo centro. Micro-comunidades e práticas da lusofonia”, de Cármen Maciel, vencedora da 4ª edição do Prémio Fernão Mendes Pinto, foi editada pelo Camões, IP.

O presente trabalho tem por objectivo discutir a construção da comunidade lusófona a partir do antigo centro português. Escrutinando os rumos da história desde o século XV até à actualidade pós-colonial da sociedade portuguesa, pretende-se traçar o enquadramento histórico que terá estado na base de concepção e idealização de tal comunidade.

Pretende-se ainda acompanhar as dinâmicas simbólicas, mas também políticas, institucionais e culturais do projecto de comunidade que, a 17 de Julho de 1996, adquire um rosto formal através da constituição da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Em simultâneo com a análise das iniciativas realizadas ‘de cima para baixo’, presta-se particular atenção à actuação dos agentes ao nível micro, focalizando a atenção na exploração das práticas da lusofonia que se dão sobretudo na esfera cultural.

Defende-se, neste trabalho, que comunidade lusófona é um colectivo em formação e que, apesar da forte conotação ideológica, que a situa ao nível do resgate de um passado agora reinventado à luz do ‘encontro de culturas’, esta é uma realidade prática que vemos funcionar em expressões diversas, quer em iniciativas informais, quer em transacções comerciais ou em actividades socioculturais – para além das acções político-institucionais.

O Prémio Fernão Mendes Pinto compreende um valor pecuniário atribuído numa parceria conjunta entre a AULP e a Comunidade de Países Língua Portuguesa (CPLP), bem como a edição da tese, a realizar pelo Camões, IP.

Prémio Fernão Mendes Pinto (Edição 2012)

Prémio Fernão Mendes Pinto (Edição 2010)

Prémio Fernão Mendes Pinto (Edição 2010)

A vencedora do Prémio fernãp Mendes Pinto 2010 foi Gisella de Amorim Serrano com a tese Caravelas de Papel: a Política Editorial do Acordo Cultural de 1941 e o Pan-Lusitanismo (1941-1949)”, de Belo Horizonte, da Universidade Federal de Minas Gerais.

“No ano de 1941, o Departamento de Imprensa e Propaganda do Brasil e o Secretariado de Propaganda Nacional de Portugal assinaram, no estado do Rio de janeiro, um Acordo Cultural. Esse Acordo constitui um dos desdobramentos da “Política do Atlântico”, organizada no interior da estratégia de propaganda e afirmação nacional do governo de Salazar, isto é, a partir de uma concepção política “panlusitanista”. Sob o imperativo do Acordo Cultural, foram planejadas e publicadas Revistas, livros e coleções. Esses impressos deram visibilidade ao projeto político luso-brasileiro firmado por essa ocasião. Neles, contam-se a participação de vários artistas e intelectuais tanto portugueses quanto brasileiros. Neste trabalho, procuramos compreender essa política editorial sob os mais diversos aspectos. Nosso interesse é revelar, por meio desses impressos, parte da dinâmica da relação Brasil-Portugal nos anos de 1940. Propomos, portanto, a análise de um importante recurso de divulgação e difusão do ideário panlusitanista que, ao fim e ao cabo, acabou por estabelecer bases significativas da aproximação entre os dois governos e entre os dois países”.

A tese de doutoramento “Caravelas de Papel: a Política Editorial do Acordo Cultural de 1941 e o Pan-Lusitanismo (1941-1949)”, de Belo Horizonte, da Universidade Federal de Minas Gerais, de Gisella de Amorim Serrano, vencedora da 3ª edição do Prémio Fernão Mendes Pinto, foi editada pelo Camões, IP.

Boletim de Notícias nº 9

Boletim de Notícias nº 9

Boletim de Notícias nº 9

Amarelo. Vermelho. Verde. Azul. Estas são as cores que, usando o pleonasmo, dão cor ao logótipo da AULP há quase 30 anos. Mas existem mais cores que dão vida a esta instituição. Universidades, politécnicos, departamentos de língua portuguesa, organizações parceiras.
Reitores, professores, investigadores, alunos e funcionários de todas as instituições de ensino superior dos vários países de língua portuguesa e Macau que estão associadas à nossa instituição. Estes são as verdadeiras cores que dão cor à AULP.

Esta newsletter assinala a entrada do ano em que a AULP completa 30 anos de existência. Considerámos importante relembrar nesta edição algumas iniciativas que marcam a vida associativa, como é o caso da publicação de obras comemorativas publicadas nos encontros anuais da associação com o intuito de enriquecer a literatura científica em língua portuguesa. Reedições fac-similadas de obras inacessíveis, livros científicos de reconhecido valor já desaparecidos ou cuja oportunidade se faz sentir são distribuídas gratuitamente por todos os membros. De Angola ao Brasil, de Cabo Verde a Portugal e passando por Macau, estas edições de manifesta riqueza cultural, contribuem para ampliar o panorama literário e científico nos países onde se fala a língua portuguesa. Escolhidos pelos países de acolhimento dos sucessivos Encontros, a AULP serve, assim, os interesses da comunidade científica.

Um balanço do XXV Encontro da AULP em Cabo Verde, realizado entre 15 e 17 de julho de 2015, revela alguns dados estatísticos cedidos pela instituição de acolhimento, Universidade
de Cabo Verde. Damos destaque a algumas iniciativas das instituições de ensino superior nossos membros, como é o caso do lançamento do primeiro curso de medicina em Cabo Verde, ou do acordo estabelecido pelo Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) que permite reconhecer o exame nacional do ensino médio no Brasil (ENEM) e receber mais estudantes brasileiros com
condições para integrar os cursos do politécnico de Portalegre.

Este semestre merece ainda destaque a forte participação da AULP em reuniões promovidas pela CPLP, bem como Encontros e conferências ligadas ao ensino superior, promovendo o trabalho desenvolvido pela associação, tornando-a igualmente mais participativa em debates relacionados com a língua portuguesa e o ensino superior na CPLP.

O mar representa 70% da superfície terrestre. É um recurso hídrico, uma fonte de energia renovável e de biodiversidade marinha, com particularidades geográficas únicas que tornam o mar um tema relevante, complexo e com múltiplos focos de abordagem. Sendo o mar um elemento comum a todos os países de língua oficial portuguesa e Macau, a AULP reuniu na Revista Internacional em Língua Portuguesa, nº 27, uma edição com artigos que permitem conhecer as várias perspetivas sobre o mar que tem um papel fundamental para a difusão da língua portuguesa.

Aproveitamos por isso este boletim de notícias para anunciar o lançamento desta publicação que foi o resultado dos esforços da equipa da sede que contactou investigadores dos diversos países de língua portuguesa a participarem nesta mostra de visões sobre o mar que, como a língua, separa e une. Agradecemos a colaboração de todos os autores desta revista que, não obstante os prazos diminutos, fizeram um esforço para tornar este número viável. Os nossos agradecimentos às instituições de ensino superior membros da AULP e a todos os que colaboraram na identificação dos investigadores presentes.

Professor Doutor Rui Martins (Presidente da AULP em representação do reitor da Universidade de Macau)

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