A Ilha de São Tomé

A Ilha de São Tomé

A Ilha de São Tomé

“Na obra ‘A Ilha de São Tomé’, somos conduzidos numa jornada académica de descobertas sobre geografia, geologia, história e cultura desta ilha singular. Através da análise geográfica, Tenreiro expõe a riqueza natural e as características únicas de São Tomé. Desde as suas formações geológicas até à sua diversidade ecológica, o leitor é guiado pela paisagem, destacando a importância da ilha como um tesouro da biodiversidade. Por um lado, ao descrever detalhadamente a topografia, hidrografia e climatologia da ilha, Tenreiro fornece um panorama que servirá como referência indispensável para futuros estudos geográficos. Por outro lado, lança luz sobre a história de São Tomé e Príncipe, revelando as influências coloniais e os eventos cruciais que moldaram a trajetória do arquipélago. Na sua cronologia, explora as diferentes fases do processo de colonização, desde os primeiros contactos com os portugueses até à abolição da escravatura e à independência. A exploração etnográfica contribui para uma compreensão da diversidade cultural e da herança afro-lusitana que também define o autor.”

 do Prefácio

Francisco José de Vasques Tenreiro (1921 – ­1963)

“Nasceu na ilha de São Tomé, fruto de uma relação do português Emílio Vasques Tenreiro com Carlota Maria Amélia, angolana. Muito cedo, aos dois anos, foi enviado para Lisboa para ser educado e, em 1940, prosseguiu estudos superiores, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Foi como estudante universitário que descobriu o seu interesse pela poesia e por África, tendo desenvolvido uma grande afinidade com as culturas negras. […] Publicara A Ilha de Nome Santo, hoje incluída na coleção Novo Cancioneiro, editada por um grupo de intelectuais associados ao movimento neorrealista português. […] Destaca-se ainda como poeta quando, em 1952, publica com Mário Pinto de Andrade A Poesia Negra de Expressão Portuguesa, uma antologia de textos de intelectuais africanos que constitui a primeira manifestação de negritude nas literaturas africanas de expressão portuguesa. […] Em 1944, abandonou a Faculdade de Ciências e, nos quatro anos seguintes, frequentou o Curso Superior Colonial. Depois de concluído o curso da Administração do Ultramar em 1948, entra para o quadro administrativo do Ministério do Ultramar, como terceiro oficial, para pouco depois iniciar o Curso de Geografia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Entre 1956 e 1958 foi a São Tomé, anualmente, durante três meses, efetuar o trabalho de campo para esta sua tese de Doutoramento em Geografia. […] Em 1955 tinha já sido nomeado docente assistente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e em 1961 o Doutoramento em Geografia foi reputado de excelente. Fará doravante parte da Escola Geográfica Portuguesa que se deve a Orlando Ribeiro, nomeadamente de Geografia Tropical Portuguesa, fortemente influenciada pela tradição monográfica francesa. […] Em 1958 assume a posição de deputado pelo círculo de São Tomé na Assembleia Nacional Portuguesa, onde permaneceu durante a legislatura de 1958-1961 e na seguinte.”

 do Prefácio

 

A Ilha de São Tomé

Viagens e Apontamentos de um Portuense em África

Viagens e Apontamentos de um Portuense em África

António Francisco Ferreira da Silva Porto (Porto24 de agosto de 1817 — Belmonte2 de abril de 1890) foi um comerciante e explorador português que se notabilizou no interior de África. Durante décadas foi o único europeu que as populações do planalto do Bié conheciam, porque muito antes dos exploradores europeus atravessarem a África já este africanista se tinha estabelecido como comerciante em pleno sertão angolano. A sua experiência foi preciosa para os comerciantes e aventureiros que depois demandaram o interior de Angola. Encarnando o mito colonial português, reforçado com a sua morte trágica, suicidando-se aos 73 anos por altura do ultimato britânico, foi figura icónica do colonialismo português em Angola, dando o nome à cidade de Silva Porto (Angola), a actual cidade de Cuíto.

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A Ilha de São Tomé

Fontes Históricas sobre Macau no Arquivo Histórico de Goa

Fontes Históricas sobre Macau no Arquivo Histórico de Goa

Com o patrocínio e com a chancela da Universidade de Macau, e no âmbito da celebração do seu 40º aniversário, é dada agora à estampa esta obra. Esta publicação representa dois valores que tem todo o sentido vincar, agora: em primeiro lugar, o empenho original e continuado de, ao longo de quatro décadas, contribuir para o avanço e divulgação do Conhecimento, seja qual for a área a que pertence e que a Universidade cultiva. Em segundo lugar, fazê-lo numa estreita ligação a Macau, às suas gentes, à sua cultura, à sua história multissecular. Os textos introdutórios de dois académicos ligados à Universidade de Macau, os Professores António Vasconcelos de Saldanha e Artur Teodoro de Matos – respectivamente, o editor e organizador desta obra e o responsável do projecto de investigação cujos resultados a consubstanciam – explicam abundantemente como a presente publicação representa simbolicamente tudo isso. Acentua-o ainda mais o facto de esta publicação ser feita em língua Portuguesa – uma das duas línguas oficiais da Região Administrativa Especial de Macau – e de se referir a um fundo arquivístico existente em Goa, Índia, isto é, fora de Portugal e da China mas ainda pertencente à vastíssima área multicontinental onde os Portugueses deixaram a marca da sua forte influência e presença cultural. Corresponde, enfim, a um propósito ainda longe de estar alcançado mas que continua a manter em Macau e particularmente nesta Universidade toda a actualidade que tinha há quarenta anos: o contribuir para as bases de uma História de Macau que represente com verdade, com equilíbrio e com abrangência o fenómeno cultural, social e político que é Macau.

 

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A Ilha de São Tomé

Recuperar Macau

Recuperar Macau

A breve passagem pelos últimos vinte anos da literatura de Macau em língua portuguesa deixa um rasto de sabor que, semelhante à meia-vida das substâncias radioactivas (aqui usadas como metáfora) as mantém activas mesmo depois de entrarem em desintegração. É difícil no momento presente encarar o estado de vida e manutenção da língua portuguesa como ameaçado ou simplesmente confinado (o interesse pelo ensino do português na China não parou de crescer na última década); porém, o crescimento das populações no ocidente e no oriente, previsto até meados do século XXI, bem como as suas deslocações (a protecção do português como língua oficial chega a 2049), dificilmente consente uma visão optimista para a representatividade do português no território de Macau.

Disponibilidade: Indisponível

A Ilha de São Tomé

Instrumentos Musicais de Angola: sua Construção e Descrição

Instrumentos Musicais de Angola: sua Construção e Descrição

Prefácio

A Associação das Universidades de Língua Portuguesa, criada em 1986, assumiu a tarefa, desde 2007, de promover edições comemorativas nos seus Encontros anuais. A disseminação dos seus membros por vários continentes tem permitido, ao longo da última década, a edição fac-similada de obras que, por vários motivos, as Universidades de acolhimento dos Encontros consideram significativas para o enriquecimento do debate científico. Desde modo, edições fac-similadas de obras inacessíveis, ou livros científicos de reconhecido valor já desaparecidos ou ainda, cuja oportunidade se faz sentir, são distribuídas gratuitamente por todos os membros.

De Angola ao Brasil, de Cabo Verde a Portugal e passando por Macau e Timor-Leste, estas edições a que se reconhece o contributo e riqueza cultural ampliam o panorama literário e científico nos países onde se fala a língua portuguesa. Escolhidos na sua maioria pelas instituições de acolhimento, a AULP serve, assim, os interesses da comunidade científica.

O XXVIII Encontro da AULP realiza-se, neste ano de 2018, no Sul de Angola, na cidade do Lubango, acolhido pela Universidade Mandume Ya Ndemufayo, apoiada pelas suas congéneres angolanas. Na sequência da reedição do livro Etnias e Culturas de Angola, obra magistral de José Redinha, cuja edição fac-similada a AULP promoveu por ocasião da realização do XIX Encontro da AULP em Luanda no ano de 2009, surge agora a oportunidade de ampliar o conhecimento da inquirição do distinto investigador da cultura angolana.

O trabalho de catalogação e inventariação realizado nesta obra é um dos muitos que o investigador produziu enquanto pesquisador incansável da cultura angolana. Organizou acervos etnográficos e coordenou ações de implantação de espaços-museu para o abrigo dos acervos recolhidos. Tendo sido diretor do Museu de Angola, foi também membro do Instituto de Investigação Científica de Angola, e ao longo da sua carreira publicou inúmeros artigos e realizou várias conferências, sempre tendo Angola e o lugar deste país na História das Civilizações, como tema principal.

A edição fac-similada de Instrumentos Musicais de Angola, sua construção e descrição representa o esforço sistemático de classificação dos instrumentos musicais angolanos, enquadrados no ambiente cultural e humano que os envolve e em que eles ativamente participam. Enquadramento sem o qual, a transcendência que acompanha a vida desses instrumentos, ficaria incompleta, bem como o carácter pluridimensional que a música africana apresenta no seio das comunidades que a cultivam. Como o autor afirma: “A música, como recreação, ludismo, rito, magismo, comunicação, mágico-medicina e agente psico-social da variada acção, participa na maior intimidade da alma dos africanos” (…).

O texto, escrito no início dos anos 70 do séc. XX, inventaria mais de duas centenas de instrumentos e foi instruído com fotografias e, principalmente, com uma centena de desenhos, incluindo alguns gráficos relativos à distribuição dos instrumentos, porquanto os registos correspondem a toda a área de Angola.

Neste sentido, a recuperação do património histórico e cultural, implica a reintegração do inventário das formas culturais e civilizacionais, utilizadas nos diversos espaços que compõem o universo onde se fala o português. No caso em apreço, Angola, a Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), ao realizar a edição fac-similada deste livro, reafirma o seu compromisso em prestar homenagem a todos aqueles que, no passado, dedicaram a sua investigação à riqueza da diversidade dos usos, formas e ritos das diversas culturas associadas à língua portuguesa.

No momento em que se alcança a ancoragem histórica do património comum do espaço lusófono, seja natural e científico, seja linguístico e cultural, seja histórico e artístico, este livro, transporta-nos para uma realidade em que (…) “A África aparece-nos definida como uma conjugação íntima de cor, luz e ritmo, e a música, como factor da sua grande síntese, é elemento motor participante no elan destas sociedades”.

Esta reedição contou com importantes apoios. São de justiça os agradecimentos    aos herdeiros de José Redinha que a autorizaram e ao Professor Doutor João Gabriel e Silva, que, na qualidade de Reitor da Universidade de Coimbra, junto dos seus pares, logrou obter a autorização do Instituto de Antropologia da Universidade de Coimbra, da edição de 1984, que era já uma homenagem ao insigne estudioso das culturas angolanas e aqui se reproduz. Ainda os agradecimentos aos membros da sede da AULP compreendendo o ato de cultura que lhe está associado, apoiaram esta reedição.

Orlando M. J. F. da Mata e Cristina Montalvão Sarmento

 

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A Ilha de São Tomé

Fr. Fernando de Almeida (1603/4-1660). Obras completas

Fr. Fernando de Almeida (1603/4-1660). Obras completas

Palavras Introdutórias

A Associação das Universidades de Língua Portuguesa promove edições comemorativas dos seus Encontros anuais, estudos e edições fac-similadas de livros inacessíveis, ou de reconhecido valor artístico e cultural. De Angola ao Brasil, de Cabo Verde a Portugal, passando por Macau e Timor-Leste, estas edições, a que se reconhece o contributo e riqueza cultural, ampliam o panorama literário e científico nos países onde se fala a língua portuguesa. Escolhidos na sua maioria pelas instituições de acolhimento, a AULP serve, assim, os interesses da comunidade científica, distribuindo-os por todos os seus membros. Neste sentido, a recuperação do património histórico e cultural, implica a reintegração do inventário das formas culturais e civilizacionais utilizadas nos diversos espaços que compõem o universo onde se fala o português.

No XXVIII Encontro da AULP, realizado em 2018 no Sul de Angola, na cidade do Lubango, acolhido pela Universidade Mandume Ya Ndemufayo, foi realizada a edição fac-similada de Instrumentos Musicais de Angola, obra que representa o esforço sistemático de classificação dos instrumentos musicais angolanos, enquadrados no ambiente cultural e humano que os envolve. No caso em apreço, Angola, a Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), ao promover esta edição fac-similada da obra, reafirmou o seu compromisso em prestar homenagem a todos aqueles que, no passado, dedicaram a sua investigação à riqueza da diversidade dos usos, formas e ritos das diversas culturas associadas à língua portuguesa.

Nessa orientação e no momento em que se alcança a ancoragem histórica do património comum do espaço lusófono, seja natural e científico, seja linguístico e cultural, seja histórico e artístico, surge a oportunidade de homenagear os contributos originários do universo musical português, por ocasião do XXIX Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa, que se realiza em Lisboa, com o acolhimento do Instituto Politécnico de Lisboa.

A edição das obras de Frei Fernando de Almeida, proposta pelo Instituto Politécnico de Lisboa e realizada em colaboração com o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (CESEM), está enquadrado no tema Arte e Cultura na Identidade dos Povos.

Frei Fernando de Almeida (c. 1603/4-1660) é um dos maiores representantes da tradição de polifonistas portugueses que antecedeu o período de italianização da música sacra durante as primeiras décadas do século XVIII. A sua edição moderna – com transcrição em notação moderna, notas biográficas e reproduções fac-similadas dos manuscritos da Biblioteca do Paço Ducal de Vila Viçosa – vem enriquecer e homenagear uma das mais importantes figuras da música portuguesa seiscentista. Esta edição será acompanhada pela gravação em CD das Lamentações, do Benedictus e do Miserere de Quinta-Feira Santa.

A obra que aqui se apresenta é coordenada por João Pedro d’Alvarenga, Investigador Principal da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e João Vaz, Professor Adjunto da Escola Superior de Música de Lisboa do Instituto Politécnico de Lisboa, ambos membros integrados do CESEM. A recente divulgação da música de Frei Fernando de Almeida está intimamente ligada à actividade da Capella Patriarchal, agrupamento fundado em 2006 por João Vaz, que tem apresentado em primeira audição moderna um alargo número de obras de compositores portugueses, cujos originais se conservam em arquivos e bibliotecas do país. João Vaz é também titular do órgão histórico da Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa, onde foi gravado o CD que acompanha esta edição e onde, por ocasião do seu lançamento, teremos o privilégio de ouvir a música de Frei Fernando de Almeida.

O projecto desta edição é também exemplar da estreita e profícua cooperação entre o Instituto Politécnico de Lisboa e a Universidade Nova de Lisboa que, através da Escola Superior de Música de Lisboa e da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, de há anos promovem em conjunto ofertas de formação pós-graduada nas áreas da Musicologia e das Artes Musicais e acolhem uma unidade de investigação comum.

A todos são devidos os nossos agradecimentos pelo empenho na investigação, divulgação e aprendizagem dos elementos que enformam a arte e a cultura dos povos expressas em língua portuguesa. Ainda o nosso reconhecimento aos membros da sede da Associação das Universidades de Língua Portuguesa e à equipa do Instituto Politécnico de Lisboa, que compreendendo o acto de cultura que lhe está associado, ampararam a promoção desta edição.

Orlando M. J. F. da Mata, Elmano Margato e João Sáàgua

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