II Conferência sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial

II Conferência sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial

II Conferência sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial

Fonte: AULP, 2013-11-11

A AULP participou na II Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, durante os passados dias 29 e 30 de outubro, na Universidade de Lisboa.

A conferência reuniu especialistas e responsáveis políticos e institucionais de diversos países, num total de mais de 300 participantes. O objeto central foi a reflexão da importância e estado da Língua Portuguesa no contexto mundial, a fim de se potenciar a coordenação das iniciativas entre as nações de Língua Portuguesa no sentido da valorização do idioma comum.

A importância desta conferência, segundo o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, foi “permitir que a Língua Portuguesa seja ainda mais projetada mundialmente”.

Programa de Mobilidade – AULP/CPLP

Programa de Mobilidade – AULP/CPLP

Programa de Mobilidade – AULP/CPLP

Fonte: AULP, 2013-11-05
João Guerreiro, Vice-presidente da AULP

A Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) prepara um Programa de Mobilidade que terá incidência nos países da CPLP e em Macau. Trata-se, numa primeira fase, de facilitar a circulação de estudantes de pós-graduação (mestrados e doutoramentos) e de investigadores, entre as instituições de ensino superior daqueles países.

A mobilidade dos estudantes CPLP poderá assumir diversas modalidades. Uma das hipóteses aponta para que, após o período escolar, o estudante elabore a sua dissertação de forma repartida, em resultado de estadas em, pelo menos, duas instituições de ensino superior e beneficiando de uma coorientação por parte das referidas instituições.

Uma segunda modalidade que deverá estar prevista no Programa abrirá a porta à elaboração das dissertações, de mestrado mas também de doutoramento, em ambiente empresarial. Esta linha defende que, após um período escolar, o estudante possa desenvolver a sua tese em contexto de trabalho, numa empresa, numa entidade, numa autarquia ou numa associação. Por esta via, o estudante tem possibilidade de se inserir num meio profissional, de aplicar os conhecimentos que adquiriu na universidade e de absorver o conhecimento tácito e organizacional que está presente no funcionamento dessas outras organizações.

Esta última modalidade, que permite que o estudante tome contacto com a realidade profissional e valide o seu talento ao trabalhar em instituições complexas, poderá traduzir-se na atribuição de créditos pedagógico-científicos que se baseiam no trabalho desenvolvido nesse contexto e após a respetiva convalidação, da responsabilidade da universidade que atribui o grau.

No caso dos investigadores, a mobilidade estará na maior parte das vezes associada a projetos de pós-graduações, a coorientações ou a projetos exploratórios, capazes de gerarem dinâmicas destinadas a consolidar linhas de pesquisa científica ou a mobilizar recursos financeiros.

O financiamento deste Programa de Mobilidade deverá apoiar-se em diversas linhas de apoio, maioritariamente ligadas ao mundo empresarial, admitindo-se que uma parte substancial desses apoios possa ser canalizada através de empresas que poderão ter interesse em acolher estagiários, em desenvolver projetos conjuntos ou em iniciar outras formas de cooperação com o seu universo empresarial.

A densidade de relações entre universidades, normalmente no plano bilateral, é imensa e alimentada por visitas frequentes dos reitores e suas equipas. O Programa de Mobilidade permite dar suporte parcial a essa linha de cooperação, selecionando os melhores candidatos à mobilidade e avaliando a respetiva candidatura através de critérios utilizados normalmente em concursos internacionais. Os benefícios serão múltiplos, podendo reconhecer-se as contribuições positivas no plano da formação avançada dos recursos humanos, na qualificação das atividades produtivas comprometidas com o Programa, no reforço das relações entre universidades e, também, na melhor estruturação do espaço de ensino superior e de investigação da CPLP.

Este Programa será uma verdadeira caravela, aportando em todos os países da CPLP e levando sempre uma Boa Nova, traduzida na globalização e na integração do conhecimento no espaço dos países de língua portuguesa.