Da África para o Atlântico

Tem sido habitual nos encontros da AULP que a universidade de acolhimento escolha uma obra que seja paradigmática do encontro de culturas de entre vários ou alguns dos países da AULP. A Universidade Estadual de Campinas escolheu para o XXVII Encontro (2017) a obra Da África para o Atlântico, de Mikael Parkvall (tradutor: Rodolfo Ilari). Foi desenvolvida uma capa exclusiva para o encontro.

Mikael Parkvall é professor no Departamento de Linguística da Universidade de Estocolmo. Como pesquisador, é internacionalmente conhecido pelas suas posições sobre os conceitos de crioulo e semicrioulo, sendo um dos principais expoentes da tese de que os crioulos podem ser reconhecidos, entre as línguas do mundo, pela presença de determinados traços estruturais. Atualmente, ele dirige o projeto Principia Creolica com o objetivo de demonstrar que os crioulos têm origem em línguas pidgins e que essas línguas — contrariamente ao que se tem afirmado — representam um caso pouco usual de evolução linguística.

Tomando por referência mais de 150 línguas e famílias linguísticas africanas, e usando dados reunidos em mais de 800 fontes, esta obra trata de africanismos potencialmente presentes em todos os níveis linguísticos nas línguas crioulas do Atlântico. A exaustividade, a constante preocupação em confirmar os achados da análise estrutural pelos dados da história externa das línguas e a extrema clareza na definição dos conceitos-chave fazem deste trabalho uma referência necessária para todos os leitores interessados nas origens das línguas afro-americanas e afro-caribenhas. A solidez dos pontos de vista expressos sobre os propósitos da crioulística e a visão original sobre contato e influência linguística tornam esta obra uma leitura obrigatória para todos os linguistas interessados em situações de contato e para os estudiosos de crioulos das mais variadas tendências.

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