“A nossa Associação está empenhada nos programas de mobilidade”
“A nossa Associação está empenhada nos programas de mobilidade entre estudantes e docentes, e gostaríamos que Macau pudesse fazer parte”
Na reunião do Conselho de Administração da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), que decorreu dia 28 de fevereiro no novo campus da Universidade de Macau (UMAC), discutiu-se a entrada de Macau para o programa de mobilidade internacional que a Associação deu início em 2012 PIAPEE.
Atualmente, este programa reúne exclusivamente universidades do Brasil, dos Países Africanos de Língua Portuguesa e de Timor-Leste. Sendo um programa internacional de apoio à pesquisa e ao ensino por meio da mobilidade de docentes e discentes e que tem como objetivo a integração académica para promover e intensificar o intercâmbio científico e a mobilidade de docentes e pesquisadores das universidades que integram a AULP, o Conselho de Administração acha relevante a entrada de Macau para este programa.
Jorge Ferrão, Presidente da AULP, explicou o porquê desta expansão para o continente asiático, em entrevista ao jornal “Hoje Macau”: “Veríamos com bons olhos a chegada dos alunos de Macau e da China aos nossos países, por duas razões: a China é o maior parceiro comercial de Moçambique, de Angola, do Brasil, e esta cooperação não se pode resumir à área económica e comercial, ela precisa de ir para uma área técnica, científica e cultural.”
Relembramos que o PIAPEE teve início em janeiro de 2012 e que na primeira edição foram aprovados 45 projetos. Já na segunda edição, cuja data de candidatura terminou no final de 2013, foram aprovados 23. Destes, 11 projetos são de Moçambique, 7 de Cabo Verde, 4 de Angola e 1 de Timor. No total contabilizase um investimento de aproximadamente 3 milhões de reais (1 milhão de euros).
O ex-Reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil), o Professor Doutor Clélio Campolina Diniz, disse à AULP que este programa permite “ampliar os laços com as universidades dos países de língua portuguesa”. Este programa permite ainda “fortalecer as raízes históricas e contribuir para aumentar a cooperação e a solidariedade entre eles, com vistas ao desenvolvimento educacional, científico e tecnológico”. Estas, segundo o Professor Campolina, são as “bases para o desenvolvimento económico, social e político” de um país.
Atualmente, o PIAPEE é financiado pela CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – e pela AULP. No entanto, se este programa se expandir para o continente asiático, a Fundação Macau (FM) poderá vir ser a principal responsável pelo financiamento da implementação deste projeto em Macau.
Artigo de Pandora Guimarães, Gabinete de Comunicação da AULP