Prémio Fernão Mendes Pinto (Edição 2014)

Vencedor

A vencedora do Prémio Fernão Mendes Pinto 2014 foi Fátima da Cruz Rodrigues da Universidade de Coimbra com a dissertação de doutoramento em Sociologia, no curso de Pós-Colonialismos e Cidadania Global, “Antigos Combatentes Africanos das Forças Armadas Portuguesas – A Guerra Colonial como Território de (Re)conciliação“.

Dada a excelência da qualidade dos trabalhos enviados nesta edição, o Conselho de Administração da AULP decidiu atribuir duas menções honrosas.

Menções honrosas

Sueli da Silva Saraiva, da Universidade de São Paulo, com a dissertação de doutoramento do Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, “O pacto das elites e sua representação no romance em Angola e Moçambique“.

Ivete Sandra Alberto Maquia, da Universidade Eduardo Mondlane, com a dissertação de mestrado na área da biotecnologia, “Caracterização Molecular de Recursos Genéticos Florestais das Matas de Miombo na Reserva Nacional de Niassa: Desenvolvimento de Marcadores inter simple sequence repeats (issr) e de Código de Barras“.

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Publicação da tese vencedora

A dissertação“Antigos Combatentes africanos das forças armadas portuguesas. A guerra colonial como território de (re)conciliação”, da Universidade de Coimbra, foi publicada pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, conforme regulamento.

Este prémio teve um significado muito especial para mim tendo em conta o que ele representa. O PFMP galardoa um trabalho que contribui para a aproximação das comunidades de língua portuguesa. Vencê-lo com uma tese de doutoramento centrada na interpretação de percursos de vida de antigos combatentes africanos das Forças Armadas Portuguesas que lutaram na Guerra colonial (1961-1974), travada entre o Portugal imperial e países africanos que dele se queriam libertar, foi muito gratificante.

Em termos profissionais, estou convencida que vencer este prémio, cuja candidatura é avaliada por um júri internacional composto por acadêmicos do mais alto nível da comunidade de língua portuguesa, produz efeitos positivos sobretudo porque valoriza o curriculum do vencedor e permite-lhe publicar o seu trabalho e promovê-lo internacionalmente através de uma edição oferecida pelo Instituto Camões que constitui uma das instituições que melhor representa a língua portuguesa no mundo.