Recuperar Macau

A breve passagem pelos últimos vinte anos da literatura de Macau em língua portuguesa deixa um rasto de sabor que, semelhante à meia-vida das substâncias radioactivas (aqui usadas como metáfora) as mantém activas mesmo depois de entrarem em desintegração. É difícil no momento presente encarar o estado de vida e manutenção da língua portuguesa como ameaçado ou simplesmente confinado (o interesse pelo ensino do português na China não parou de crescer na última década); porém, o crescimento das populações no ocidente e no oriente, previsto até meados do século XXI, bem como as suas deslocações (a protecção do português como língua oficial chega a 2049), dificilmente consente uma visão optimista para a representatividade do português no território de Macau.

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